Os textos abaixo foram um pedido da minha prima Amanda Telles...
Houve uma vez dois amigos, eles eram inseparáveis, eram uma só alma. Por alguma razão seus caminhos tomaram dois rumos distintos e se separaram.
E a história começou assim:
Eu nunca voltei a saber do meu amigo até o dia de ontem, depois de 10 anos, que caminhando pela rua me encontrei com a mãe dele. A comprimentei e perguntei por meu amigo. Nesse momento seus olhos se encheram de lágrimas e me olhou nos olhos dizendo: morreu ontem… Não soube que dizer, ela seguia me olhando e perguntei como ele tinha morrido.
Ela me convidou a ir a sua casa, ao chegar ali me chamou para sentar na velha sala onde passei grande parte de minha vida, sempre brincávamos ali meu amigo e eu. Me sentei e ela começou a contar-me a triste historia. Faz 2 anos diagnosticaram uma rara enfermidade, e sua cura dependia de receber todo mês uma transfusão de sangue durante 3 meses, mas….Recorda que seu sangue era muito raro?, Sim, eu sei, igual ao seu…
Estivemos buscando doadores e por fim encontramos a um senhor mendigo.
Teu amigo, como deves te lembrar, era muito cabeça dura, não quiz receber o sangue do mendigo. Ele dizia que de da única pessoa que receberia sangue seria de ti, mas não quiz que te procurássemos, ele dizia todas as noites: não o procurem, tenho certeza que amanhã ele virá… Assim passaram os meses, e todas as noites se sentava nessa mesma cadeira onde estás tu sentado e orava para que te lembrastes dele e viesse na manhã seguinte. Assim acabou sua vida e na última noite de sua vida, estava muito mal, e sorrindo me disse: mãe, eu sei que logo meu amigo virá, pergunta pra ele por que demorou tanto e entrega a ele esse bilhete que está na minha gaveta.
A senhora se levantou, regressou e me entregou o bilhete que dezia:
Meu amigo, sabia que viria, tardaste um pouco mas não importa, o importante é que vieste. Agora estou te esperando em outro lugar espero que demores a chegar aqui, mas enquanto isso quero dizer desde o céu tem um amigo cuidando de ti meu querido melhor amigo. Ah, por certo, te recordas porquê nós nos distanciamos? Sim, foi porque não quiz te emprestar minha bola nova, rsrs, que tempos… éramos insuportáveis, bom pois quero dizer que te dou ela de presente e espero que goste muito. Amo você: teu amigo para sempre.
Não deixes que teu orgulho possa mais que teu coração…
A amizade é como o mar, se vê o princípio mas não o final’
.......
Um menino,
tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o último a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: ‘Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.’
A turma concordou, e no dia em que o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
— Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: ‘Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade… — a turma estava em silêncio atenta à tudo. O menino, então continuou: — Além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. — Silêncio total em sala. — Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora.
avia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente… Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha. Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito… Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto… — A turma estava quieta atenta ao que o menino dizia, e envergonhada então o menino continuou. — Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR.’
Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.”
O AMOR NOS IMPÕE SACRIFÍCIOS, QUE POR MAIS DIFÍCEIS, ACABAM SE TORNANDO A MELHOR COISA DE NOSSA VIDA. MESMO QUE NOS DEIXE CICATRIZES.